Mercado
A suspensão do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro, anunciado segunda-feira (17) pela Rússia jé está a abalar o custos de alguns grão no mercado internacional.
De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mathew Miller “os preços globais do trigo, milho e soja já começaram a subir”.
“Como resultado das decisões desumanas e unilaterais de Moscou nas últimas 24 horas, já estamos vendo um aumento nos preços globais do trigo, milho e soja. Enquanto isso, a Rússia continua obtendo lucros recordes com suas exportações de grãos” disse o porta-voz.
Miller, que falava ontem (terça-feira) em conferência de imprensa virtual para órgãos africanos (Africa Regional Media Hub), acusou Moscovo de estar “a usar a comida como arma de guerra”, prejudicando muitos povos, enquanto vai obtendo lucros recordes com suas exportações de cereais.
“É claro que a Rússia continua a usar a comida como arma de guerra. Desta vez, o impacto não é apenas no povo da Ucrânia, mas também na oferta e nos preços globais de alimentos” salientou.
De acordo com dados disponibilizados na ocasião, 65% dos cereais que vinham sendo exportados pelo Mar Negro destinavam-se a países mais carenciados, principalmente na região do corno de África e no Médio Oriente.
Contas feitas pelo Departamento do Estado dos EUA indicam que desde Agosto do ano passado, altura em que foi assinado o acordo, mais de 32 milhões de toneladas métricas de grãos e alimentos fluíram para países em todo o mundo
Refira-se que a causa apontada por Moscovo para romper com o acordo é alegado incumprimento, por parte do Ocidente, de parte do que estava estabelecido, uma situação que Washington classifica de falso e manobra jocosa.
“Apesar das alegações da Rússia em contrário, a ONU trabalhou arduamente para facilitar as exportações russas de alimentos. Em coordenação com o sector privado, os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido tâm vindo a trabalhar para esclarecer quaisquer preocupações levantadas pela Rússia, como sempre deixamos claro, que nenhuma sanção do G7 (grupo das sete maiores economias mundiais) está em vigor sobre as exportações russas de alimentos e fertilizantes” frisou.
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