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Economia

Manutenção de tractores sufoca beneficiários do "Sustenta" no Limpopo 

Parte dos tractores do projecto SUSTENTA, entregues à Limpopo Agrária, uma firma sediada na província de Gaza, estão paralisados por falta de peças para a manutenção, indicam os beneficiários.

De acordo com Elias Mucavele, presidente da firma, os tractores oferecidos não são adequados às condições agro-ecológicas moçambicanas e por conta disso começaram a registar avarias constantes.

“Recebemos máquinas que não tem acessórios no País. Está difícil trabalhar assim” lamentou Mucavele.

Para além da escassez de peças, os agricultores dizem que, mesmo quando as conseguem encontrar, os custos são altos, o que torna a manutenção onerosa.

Reagindo às preocupações levantadas pelos agricultores, o Director Nacional para Desenvolvimento da Agricultura Comercial, Jaime Chissico, disse recentemente, durante a Conferência Anual do Sector Privado, que a falta de acessórios está relacionado com um atraso registado na importação, por causa das restrições do movimento de cargas durante a época da Pandemia da Covid-19.

O dirigente apelou, contudo, para que todas as avarias fossem encaminhadas ao centro agrário integrado.

“Excluídos” reclamam

Se por um lado quem recebeu os tractores reclama, já quem não teve acesso tem mais motivos para se queixar. É o caso da Associação Hikhomeni Vavasati, uma cooperativa produtora de arroz no Vale Chókwè, que na época passada teve cerca 75 hectares mal aproveitados por falta de tractores para a lavoura.

A presidente da associação, Lisete Lisboa, disse que tiraram dos cofres do grupo, 96 mil Meticais para pagar a lavoura, em Outubro, mas os tractores só foram ao terreno em Dezembro, o que comprometeu o nível de produção.

Lisboa disse ter questionado às autoridades agrícolas sobre a exclusão da sua associação, e a resposta que teve foi de que não se tinham inscrito no concurso público.

Para muitos produtores que se consideram excluídos, tem havido problemas na disseminação de informação, o que faz com que haja associações com grandes potencialidades produtivas que não beneficiam de eventuais projectos lançados pelo governo.

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