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Meio Ambiente

Problemas climáticos à espera de soluções de Paris

 – Líderes mundiais reunidos na capital francesa para traçar novo Pacto Financeiro Global visando corrigir “injustiças

O Presidente francês, Emmanuel Macron, defende uma reforma do sistema mundial, por forma a apoiar os países mais pobres a darem passos seguros no combate aos efeitos climáticos.

Macron, que falava na abertura da Cimeira de Paris, que até amanhã (sexta-feira), deverá adoptar um “Novo Pacto Financeiro Global”, deu eco às preocupações dos países em desenvolvimento, que vivem dilema de escolher entre combater a pobreza e a protecção ambiental.

“Nenhum país deve ter de escolher entre a redução da pobreza e a proteção do planeta”, disse Macron, na abertura da Cimeira que junta mais de 40 chefes de Estado e de governos na capital francesa.

“Se olharmos ao que temos pela frente, as desigualdades estão a aumentar, a vulnerabilidade climática agrava os riscos e o nosso mundo está sujeito a cada vez maiores choques. Temos de assumir um choque no financiamento público perante estes desafios, pobreza, clima e biodiversidade, ao mesmo tempo, temos de investir muito mais e ainda não chegámos lá”, alertou o estadista francês.

O apelo às reformas foi secundado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, que alertou que a actual arquitectura financeira está a contribuir para a criação de diferenças “imorais” entre o hemisfério Sul e Norte.

“A arquitectura financeira está ultrapassada, disfuncional e injusta. Ela não responde ao Mundo do século XXI”, declarou Guterres, no seu discurso de ocasião.

Uma das espectativas da cimeira é a definição de soluções para fazer face ao elevado endividamento dos países, em desenvolvimento, com destaque para África e América Latina, e a criação de mecanismos de financiamento para uma melhor adaptação e prevenção de desastres naturais, bem como à economia verde.

Para responder a este desafio, o Banco Mundial já sinalizou com a possibilidade de suspender o pagamento de dívidas de países atingidos por desastres naturais, devendo ser este um dos principais anúncios a serem feitos no decurso da cimeira que amanhã termina.

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