Sociedade
Um total de 10% da população moçambicana vive em situação de insegurança alimentar aguda, que é um dos níveis de falta de alimentos que pode ameaçar a vida dos afectados.
Os dados constam do relatório da Segurança Alimentar Pós-Colheita, divulgado nesta quarta-feira, pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER).
Apesar de preocupantes, os dados indicam uma redução de três por cento de pessoas neste nível de “stress”, comparativamente ao anterior estudo, que apontava para 13% da população, facto destacado pelo ministro do pelouro, Celso Correia, falando no lançamento do relatório.
“Estamos a reduzir o número de pessoas em insegurança alimentar. Falávamos que a tendência global é de aumentar, mas nós estamos a reduzir ao nosso ritmo. Acreditamos que estamos, talvez, no caminho certo”, assinalou Celso Correia.
Outro dado destacado no relatório tem a ver como número de pessoas que conseguem satisfazer as suas necessidades alimentares mínimas.
“Cerca de 38% da população consegue satisfazer as suas necessidades alimentares mínimas” explicou o ministro que, ainda assim, reconhece que as pessoas neste grupo, “têm que recorrer a estratégias de sobrevivência para suprir as suas necessidades não alimentares”.
O relatório, produzido pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (Setsan), que se baseou num inquérito que teve como amostra 12.890 agregados familiares de 151 distritos indica que, durante o período coberto pelo levantamento “cerca de 90% da população moçambicana teve uma dieta aceitável para satisfazer as suas necessidades energéticas diárias no período de pós-colheita”.
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